Ranged ou Melee? Qual seu estilo?
Eis duas estratégias que costumam ser encontradas em cerca de 90% ou mais dos armys, não importa o universo/ambientação que você jogue, ou se é um jogo de miniaturas ou boardgame. Espero poder ajudá-los com o que você vai ler e tornar sua escolha mais fácil e proveitosa. De qualquer forma, alguns vão preferir seguir seus próprios critérios, misturar tudo ou simplesmente mudar a cada partida, enfim, só uma coisa vai dizer se você acertou na sua escolha, pergunte-se ao final do jogo: “eu me diverti?”
Algumas perguntas você precisa refletir para poder escolher entre duas estratégias tão diferentes e corriqueiras. Além disso, lembre-se de que outros fatores influenciam bastante para o sucesso de sua escolha, atente para cada detalhe. Em último caso, seja criativo, um army pode explorar outras características e se dar muito bem, basta ser criativo e corajoso para inovar.
- Você quer ganhar ou jogar?
Parece óbvio demais, não é? Mas escolha bem porque em alguns jogos “falhos”, existe uma vantagem perceptível em um determinado army ou estratégia. Se você quer ganhar, poderá ser forçado a usar os mesmos de muitos outros jogadores; caso contrário, terá liberdade de escolha (mesmo que para isso a vitória se torne quase impossível);
- Que tipo de jogador você é?
Lhes garanto que essa pergunta pode fazer muita gente iniciar uma terapia, mas olhe o lado positivo, você já deve ter uma boa ideia de que tipo de pessoa você é no trabalho, nas amizades, no amor, etc…. então seja sincero, quais são suas primeiras dúvidas no começo de uma partida? Como se protege? Como atacar? Qual os pontos fortes ou fracos do adversário? Deve focar nas unidades ou nos objetivos? Identifique no que você é bom e torne-se um expert. Futuramente, tente amenizar suas deficiências.
Pois bem meu caro “padawan” agora vejamos alguns detalhes de cada uma dessas opções:
Ranged (ataques à distância) – na maioria das vezes, ataques a distância são feitos por unidades leves que causam pouco estrago, claro que não é uma regra absoluta, mas as armas de longo alcance e dano geralmente custarão os olhos da cara ou não terão quase mobilidade nenhuma. Uma boa forma de compensar isso costuma ser o emprego de várias unidades atacando juntas para maximizar o dano. Particularmente, eu prefiro garantir o dano, leia-se: investir em qualidades que garantam o dano, mesmo que pequeno (ex.: armor piercing, bônus de ataque). Outra qualidade que tem valor de ouro para os armys que investem em uma estratégia ranged é a mobilidade, repita comigo: MO-BI-LI-DA-DE. Infelizmente ter uma unidade de bom alcance e mobilidade é mais difícil que flagrar o Papai Noel na chaminé.
Esqueça saves, hit points, thoughness… não que sejam coisas ruins, mas que provavelmente não valerá sua dor de cabeça em garimpar esses atributos em seu army, além de lhe custar pontos que poderão ser mais úteis com outras coisas. Não se esqueça, é uma guerra! Combine (ou tente) seu warlord trait e até poderes psiônicos em prol da devastação a distância que você quer causar. Outra ferramenta maravilhosa dos armys ranged são armas de dano em área…. S2.. Amo muito tudo isso….
Taticamente falando, você pode ainda criar formações em linhas seqüenciadas, de forma que qualquer investida adversária barre na primeira linha e ainda fique sendo alvejada pela segunda e/ou terceira. Concordo, é difícil pensar nisso e executar durante a batalha, mas é possível. Em Warhammer, pode ser útil abrir dois flancos para se buscar um ponto mais fragilizado do adversário, um blindado por exemplo, mas não recomendo contar muito com isso, este tipo de army depende muito da união, separar as unidades é perigosíssimo.
Close combat (ataque corpo a corpo ou melee) – eis uma opção pra pessoas que são muito corajosas, não são apegadas às miniaturas, ou possuem um grau de desapego digno do valhalla ou nirvana. Curiosamente estas peças costumam ter características defensivas altas ou alta agilidade, em alguns casos, as duas coisas. Aqui vamos encontrar uma variedade maior de características, as unidades podem possuir um custo baixíssimo com baixa defesa, custo alto com defesa e ataque também altos, serem lentas e “caras” ou muito rápidas e de custo bem variado. Só uma coisa é certa: quase todas costumam possuir ótimas estatísticas de ataque. Neste tipo de army os boosts (as melhorias) geralmente focam no ataque ou dano, alguns poucos focam em auxiliar o avanço no campo de batalha (meu caso).
Lembra-se do que falamos sobre mobilidade anteriormente? Sorria, aqui você pode encontrar inúmeras opções de mobilidade e, o melhor de tudo, é só UMA das formas de você melhorar seu army. Isso mesmo meus amados críticos de plantão, um army melee pode se dar ao luxo de caminhar até sua vítima e deliciar-se com seu desespero, assim como um leão se aproxima de uma presa incapacitada (leão notaram?). Os boosts costumam aumentar os ataques em quantidade ou probabilidade de acerto e os danos geralmente são altos por natureza da peça mesmo. Aí alguém deve estar querendo me perguntar: E se o adversário tiver aquele army ranged cheio de armor piercing? É justamente por isso que alguns exploram a mobilidade nesses armys, mas também pode ser combatido com cover saves e outras habilidades.
Como tática, eu recomendaria infiltrate ou
congêneres. Ao contrário dos ranged, dividir as unidades pode ser bastante benéfico pois vai dificultar seu adversário em manter sua defesa forte em flancos muito afastados. Exercite sua calma e autocontrole, às vezes ver seu army levando tiros enquanto avança pode ser desesperador. Outra coisa, ter um ADS em mãos pode ser crucial e focar nos objetivos pode tornar sua vitória mais fácil do que ter que enfrentar as unidades do adversário.
Pra finalizar, eu não poderia esquecer de um fator importantíssimo, façam uma tatuagem disso: escolha e explore bem os terrenos. Sempre e em
todos os wargames isso pesa. Pense com calma quais seriam melhor utilizados para cada army que você optou, faça isso como exercício tático antes mesmo de continuar a ler aqui. Para os armys ranged procure terrenos baixos e difíceis, que dificultem ao máximo a movimentação do adversário sem prejudicar sua linha de visão (óbvio não é?). Terrenos altos só seriam úteis se servirem de posto para se colocar um atirador, portanto você tem que ter a certeza de que irá conquistá-los. Logicamente o oposto é verdadeiro pros armys de close combat, exatamente o oposto sendo que, postos de altitude não lhe serão úteis, aproveite para posicionar os objetivos próximos aos terrenos que servirão de obstáculos.
No mais, nosso amigo Kirlian postou um tópico bem interessante que também poderá auxiliar nessa empreitada árdua pra qualquer iniciante: escolher exército, estratégia, buffs, etc. No começo isso tudo é um pouco assustador mesmo, mas vai passar, eu prometo.
Tocou em pontos importantíssimos Uta. O estilo de jogo varia muito mesmo e às vezes demora até se acostumar. Uma questão que acho interessante, extraída da teoria do Magic é definir “Who is the beatdown”. Quem deve ser o agressor e quem vira o controle em determinada partida. Às vezes vc pode montar e imaginar o estilo do seu army como sendo o rei do porrada mas ficar diante de uma situação no qual ir pro close é morte certa, seja por poder bruto do adversário ou outro fator qualquer. Alo, naquele momento, o seu army close combat vira outra coisa completamente diferente e a adaptação do general pode ser difícil.