Cara, cadê meu landspeeder?
Aaron Dembski-Bowden explica porque as fileiras do Caos não utilizam mais os veículos do Imperium.
“Cara, Hórus bateu as botas, e agora?”
Abaddon arrumou o rabo de cavalo. Ele sabia exatamente o que fazer. “Eu sei exatamente o que fazer”, disse. As Legiões Traidoras olhavam ansiosas. “Vamos fazer o seguinte. Vamos dar o fora”.
Muitos elmos menearam em concordância. Parecia uma ótima ideia.
“Ótima ideia”, disse Erebus.
“Cala a boca”, retrucou Abaddon ao ser interrompido. “Mas acho que devemos abandonar as jetbikes, dreadclaws, whirlwinds, landspeeders – toda a tecnologia anti-grav; nossas bikes, attack bikes e tudo mais que costumamos usar.”
Poucas cabeças concordaram desta vez. “Cara”, disse Lucius, o Eterno, “podemos precisar de tudo isso. Algumas dessas coisas são bem fodas”.
“Nem, já decidi. Vamos de uma vez”.
“Mas…”
“Só. Vamo”. Abaddon acenou com a Garra de Hórus. Os dedos laminados soaram como se estalassem.
“Ok, vamos nessa”, Lucius concordou.
Kharn não estava tão conformado. “E os cyclone launchers? Vi uns no Collected Visions, e acho que podemos usa-“
“Parece que eu tô falando com as paredes”, Abaddon estendeu as garras em direção ao world eater. E cutucou o olho de Kharn.
“Ai, velho, tá bom, tá bom. Vamo nessa”.
“Aí sim”.
Abaddon desfilou pelo lugar, como se fosse o dono de tudo.
“E quanto a esse raio trator?”, perguntou Typhus. “Podemos usar nos Rogue Traders? São fodas. Tipo, VUUUUUUSH…”
“Deixa aí!” Gritou Abaddon da outra sala. Typhus pôs a arma de volta na prateleira, resmungando.
Fabius Bile chegou de mansinho. “Então, posso ir com vocês? Tava olhando a lista de passageiros, e vocês não tão levando Apotécario. Tipo, vocês não precisam da gente?”
Lucius deu um tapinha nos ombros de seu irmão de armas. “De boas, cara. Deixamos os Boticários na encolha. Tipo, você não precisa fazer nada, mas meio que vai aparecer um pouco no fluff, sacou?”
“Pro inferno. Vou sair da Legião. Vou ditar minhas próprias regras”.
Kharn gargalhou. “Tuas regras vão ser uma porcaria no competitivo, cara. E ainda vão te chamar de Fabuloso Bill”.
Os traidores caminharam através da câmara, saindo para a pista de pouso. Vazia.
“Errrr, Abbs..?”
Abaddon se virou pra Ahriman. “Fala”.
O thousand son gesticulou em direção à pista de pouso. “Cadê nossas naves?”
Abaddon o ignorou. “Você não era vermelho agorinha?”
“Somos azuis agora, longa história… Mas sério, cadê nossos Thunderhawks?”
“Ah, sim”. Abbadon brincou com o rabo de cavalo, sacudindo de um lado pro outro. “Não precisamos deles. Nós vamos pra onde quisermos e talz. Penduramos uns rhinos em cabos e voamos neles, vai ser legal”.
Os Traidores se entreolharam. Isso não ia dar certo. Abaddon percebeu a hesitação, e tentou acalmar os ânimos. “Calma, rapaziada, vou criar umas coisas novas. Tipo aranhas mecânicas com demônios dentro, com garras e tudo mais. Como eles vão corromper as coisas, vamos chamá-los de Corruptrons. Vai ser foda. E eles vão ter armas saindo do peito, e cabeças minúsculas. Tão me olhando assim por que? Cês vão ver, vamos detonar tudo…”