Quem é quem nos Legionários 40K – Parte 3
Olá pessoal, é bom poder estar com vocês mais uma vez.
Pra começar, gostaria de fazer a seguinte reflexão: O que é um Space Marine? Em poucas palavras eu diria que é o soldado fundamental na estrutura do Codex Astartes, é a partir deles que se alicerça toda a estrutura militar de nosso Soberano Imperador e, como diz no seu Codex, “…vast hosts of post-human warriors with whom he (o imperador) would attempt to conquer the galaxy.”
Pois é gente, a galáxia está repleta de Xenos, Demons e Humanos. Mas quando falamos de humanos, a princípio, estamos falando daqueles que se colocaram à disposição e devoção do Imperador, daqueles que hoje são The emperor Sword´s, estamos falado do Codex que é reconhecido pela sua habilidade, heroísmo e fidelidade ao Codex Astartes, que já representaram mais da metade de todos os space marines existentes, estamos falando dos Ultramarines.
Me desculpem, mas eu não poderia começar este tópico de outra forma. Hoje estou tendo o orgulho de compartilhar com vocês toda a experiência e conhecimento daquele cujas lendas dizem ter conhecido o próprio Guilliman! Apresento-lhes o impecável… o indescritível… o inabalável… o implacável… o insofismável… João.
[aplausos]
“A câmera foca nele.”
[mais aplausos]
[os espectadores ficam de pé e continuam a aplaudir]
Calma gente… eu sei que muitos vieram de longe hoje para ver nosso entrevistado. Vamos logo começar…
1. Olá João, todos daqui de Recife constatamos o esmero que você tem com suas peças, pintar sempre foi um hobby ou o Warhammer brotou isso em você?
Nunca havia pintado nada antes de 2015. E minhas primeiras peças foram justamente as de Wahammer 40k. A partir daí tornou-se um hobby, uma terapia. Lembro que precisei dar o truculento primeiro passo de tomar a iniciativa e tentar pintar minha primeira peça.
O marco foi um “aulão” que Kirlian proporcionou, onde eu juntamente com Salomão e Hennye aprendemos o básico. Ainda há muito o que aprender, mas as miniaturas já possuem um padrão de qualidade Ultramarine.
2. Qual foi sua maior dificuldade quando começou o hobby?
Encontrar jogadores. Eu já comprava alguma peças (que na época estão bem mais acessíveis por conta do valor do dólar, por volta de 2013) e me interessava pela história do jogo. Mas era necessário encontrar outros que jogassem, afinal a graça é jogar. O primeiro contato que fiz, após já ter algumas peças montadas (ainda sem pintar) e ter uma ideia da regras foi através de um fórum especializado com Kirlian e com Heron (que até hoje não me respondeu) lá pelo fim de 2014.
3. Acho que você concorda que está representando o maior orgulho do imperador, o codex que é a referência dos Adeptus Astartes, o que o levou a aceitar tanta responsabilidade?
Um sonho. Sonhei que o Imperador vinha a minha pessoa, pessoalmente, e dizia: ” cara, crie coragem e adote o codex Astartes e escolha os Ultramarines, porque não gosto muito dessa história de Vikings espaciais montados em lobos. Eles não me representam. Ah, e curto, de verdade, azul”
Aquele sonho mudou minha vida e deste então sou o baluarte da sabedoria e estilo do Império.
[a câmera volta pro entrevistador que é pego enxugando uma lágrima]
4. É… eu até me emocionei agora… bem… Os Space Wolves focam em combate melee, os Dark Angels em suas Ravewings, e por aí vai.. os Ultra possuem um foco ou sua característica é justamente ter várias possibilidades sem focar em nada?
Inicialmente, essa versatilidade se refere aos stats das unidades. Nada de incrível, porém igualmente nada a ser menosprezado. Já vi unidades especialistas em combate corporal caírem para meus marines. Nesse ponto são versáteis. Unicamente nos stats. Já nas estratégias…
Quanto às estratégias. Obrigatoriamente miro no ataque a longa distância. Armas de fogo extremamente fortes e com alcance respeitável fazem parte do arsenal dos Ultramarines, à medida que unidades de corpo a corpo são escassas. Tolice desconsiderar esse fato.
Para um ataque corporal significativo, por exemplo, seriam necessários muitos pontos em jogo (um land raider ou um stormravem, por exemplo), coisa ainda impensável com a quantidade de pontos que estamos utilizando atualmente.
Desconsiderar os pontos fortes de seu exército é um convite à derrota. Os Lobos, por exemplo, são focados em pancadaria. Um bom exército deles tentaria maximizar essa natureza e minimizar os pontos francos, como a suscetibilidade de levar tiro nos primeiros turnos, como o faz Kirlian.
5. Você é um dos jogadores mais presentes e com mais experiência, qual tipo de army é mais difícil de se enfrentar?
Experiência é uma palavra forte. Eu estou tentando. Minha visão de jogo ainda não é tão ampla e tempo de jogo é relativo. Por exemplo, Salomão e Hennye jogam a menos tempo que eu, mas já jogaram tantas partidas quanto.
Bom, ressalva feita, não menosprezo nenhum tipo de exército, ainda mais porque as pontuações estão, periodicamente aumentando, o que faz as listas variarem. Alguém que perdeu brutalmente em um mês pode, no próximo aniquilar o mesmo adversário, outrora ganhador.
Mas relato que tenho um carinho especial por ganhar dos Wolves. E ainda não consegui visualizar uma maneira segura de ganhar dos Orks que atualmente, considero o exército mais balanceado, levando em conta movimentação e volume de tiro (utilizados por Heron e meu irmão Rafael). O mais calibrado para uma lista de 750 pontos, a que estamos jogando atualmente. Bom, até agora…
6. Qual unidade sua é seu xodó?
Meus estimados predadores. Design arrojado, modelo que nunca sai de moda, dois autocannons e dois bolters pesados pela bagatela de 95 pontos. Além de serem as primeiras unidades que imantei as peças. Um carinho especial é reservado a essas peças.
[a câmera foca um grupo de jovens no auditório fazendo anotações]
7. Como você dividiria o jogo em fator sorte e estratégia?
70% tática e 30% sorte. A ideia de fazer uma lista equilibrada e possível de encarar qualquer exército de maneira equivalente é o maior problema que estamos tentando nos adequar. Quase todos do grupo estão pensando à respeito. O que realmente estou curtindo. A primeira luta é bolar essa lista. Inclusive deixo a sugestão de, em cada encontro, sortearmos os adversários também, o que daria ainda mais possibilidades para quebrarmos a cabeça ao montar as listas de exércitos.
A segunda coisa a ser considerada é utilizá-la ( a lista) bem durante o jogo. Afinal as peças não se movem sozinhas.
Já o fator sorte é definido por objetivos táticos (cartas puxadas durante partida) e pelos amados e igualmente odiados dados. Esses são volúveis e do jeito que te dão vitórias épicas, podem, na sequência de fazer errar, por exemplo, quatros tiros de misseis contra um adversário, numa rolagem, e te fazer perder a partida.
8. Nós temos um jogador novo que pretende jogar com os Skitarii, você já enfrentou esse tipo de army?
Nunca enfrentei. O estilo não é novo (exército de longo alcance), mas a abordagem o é. Na expectativa , primeiro, para a entrada efetiva de mais um camarada no grupo e, segundo, por possibilitar mais caos no campo da batalha.Outro que não enfrentei ainda foi o exército de Dark Angels, ouviram, Victor e Utamir?
[o entrevistador se ajeita na cadeira um pouco desconcertado e continua a entrevista]
9. Mudando de assunto, você é o jogador que eu mais vi enfrentando os Dark Eldar de Jeferson, qual a maior dificuldade de enfrentá-los? Você tem conseguido mais vitórias ou derrotas?
Uma derrota e uma vitória. Eles são extremamente móveis e possuem um bom poder de fogo, mas não têm um alcance muito bom e suas unidades são bastante frágeis. Pontos a serem explorados pelos adversários. Ressalto que Jeff é bem habilidoso em não deixar que isso aconteça. Espero que voltemos a nos enfrentar em breve!
10. Estamos às vésperas de várias mudanças no jogo: novas unidades, atualização de regras, novas habilidades de companhias, você tem gostado do que tem visto?
Gosto da ideia de mudar. Gera dinâmica e aquele que estava ganhando, ou revê suas táticas ou vai cair diante dos adversários. A maioria das mudanças temos que ver na prática antes de opinar. Por exemplo, a nova fase de combate aéreo parece algo a ser experimentado. À primeira vista não gostei, mas, com certeza, poderíamos olhar com mais calma.
11. Aqui em Recife temos jogado muitas partidas com armys abaixo dos 1000pts, você acha isso positivo?
Acredito que sim, pois força a mudanças de táticas. Isso também facilita a entrada de novatos (menos pontos, menos unidades necessárias). Além do mais estamos subindo paulatinamente as pontuações à medida que todos se familiarizam com as regras.
Podemos fazer um pequeno intervalo por aqui?
[o público protesta firmemente, querem ouvir João]
[o entrevistador continua]
12. Bem, já pensou em ter algum outro army? Qual?
Sim, seria um exército de Chaos Space Marines e meu capitão seria Khârn, o traidor. Esse sim, seria voltado ao combate corpo a corpo e totalmente antagônico ao que possuo atualmente.
13. Pra terminarmos com seu número da sorte [público todo fica triste], o que você mudaria no jogo?
Treze é o número da minha estimada legião! Gosto muito dele!
Bom, há regras sem sentido para mim. Como é possível assaltar com dois dados, e correr meramente com um? Outra regra que não vejo sentido algum é não poder utilizar armas de fogo no assalto. Oras, pistolas, por exemplo, seriam de maneira bem úteis e possíveis de serem utilizadas, por sua facilidade de manejo.
Veículos também, caem muito fácil. Indignado de perder meu predador para um ataque de Genestealers em um primeiro turno…
Para finalizar, parabéns pela iniciativa, Uta! E vida longa aos Legionários!
[aplausos]
(Obs.: Legionários é uma palavra que se refere à infante de uma legião de Roma, que é o tema de meus Adeptus Astartes Ultra e a quem inexplicavelmente não se faz referência no logo de nosso grupo. Deixo aqui registrado meu desabafo com tamanha infâmia).
[público ovaciona, as mulheres gritam seu nome e ele se retira acenando com um simpático sorriso]
Ufa… estou sem palavras… o cara é incrível mesmo.
Postem suas opiniões, fiquem a vontade. Sei que esta entrevista vai dar o que falar em casa.
Até mais pessoal, vejo vocês em breve.
[vinheta, fim]
João, segundo Heron
“O que falar desse cara que conheço a tão pouco tempo e já considero Ultrapacas?
O João é um entusiasta completo. O protótipo azul do hobbysta ideal. Coleciona, gosta de montar listas diferentes testando as mais variadas estratégias, tem ótimo ritmo de pintura e um dos mais assíduos do grupo. Além de grande conhecedor do Lore do jogo. Grande jogador, é divertido disputar cada polegada da mesa contra ele.
Ele não sabe, mas mora no meu coração. Seu surgimento em 2015 , junto do seu irmão-lenda Rafael Mek Ork, o Construtor, catalisou o ressurgimento do grupo, que estava parado há dois anos. E seu army foi dominante durante um bom tempo, tendo vitórias incontestáveis e com pouquíssimas perdas, gerando a alcunha de Ultramarines Brilux – a armadura mais brilhante do Setor.
Seus Ultramarines são uma força constante e respeitável nos campos de batalha do ano 40k. Guardo com carinho a cabeça de um dos seus guerreiros. Abraço Ork.”
Saiba, Heron, que, por lutar contra tu, fiquei tão feliz que perdi a cabeça.
S2
me falaram de uns jump squad que pulou fora da mesa 😛
Opa que onda é essa de chamar um Dark Angel pro confronto e o cara ficar desconcertado ? e quem tá fugindo é você viu smurf polido… 😛 porque sábado estarei ai .